Desde o dia 1º de março o ovo in casca passou a ter apenas quatro tipos de classificação: Jumbo, Extra, Grande e Pequeno. Ou seja, está em vigor a nova uniformização da nomenclatura dos ovos em natureza e produtos derivados não submetidos a tratamento térmico. Mas o que isso significa?

Antes de chegar na gôndola do supermercado, os ovos passam por um processo criterioso de seleção, limpeza e retirada de ovos impróprios, para que os ovos cheguem ao consumidor final padronizados e seguros para consumo.. Dentre essas etapas, a classificação separa os ovos por peso.

O que desde meados de julho de 2022 era composto por ovos classificados em médio, grande, jumbo, extra, pequeno e super pequeno, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária aprovou a exclusão não só do Super Pequeno, mas também do ovo Médio.

Além do tamanho, a classificação também se dá por meio do ‘tipo’ do ovo. Apresentam características do tipo A e B, sendo que o tipo B é destinado exclusivamente para industrialização. A cor também será considerada para fins de rotulagem, e este fator está diretamente ligado à linhagem da ave, podendo ser branca, marrom, vermelha, verde e, até mesmo, em tons de azul, dependendo da da galinha.

Segundo Edival Veras, presidente do Instituto Ovos Brasil, a classificação é o processo que garante a integridade e a qualidade externa e interna de cada unidade. “É o que assegura a uniformidade no final do processo produtivo, além de uma excelente aparência, livres de sujeiras e trincas, e maior valorização no mercado”, conta.

A nova classificação, publicada na Portaria Nº747, se deu a partir de diversas reuniões com o setor, onde foi definido que a redução de faixas de pesos ajudaria na rotulagem, melhor classificação, redução das violações quanto a ovos em faixas diferentes e maior clareza ao consumidor quanto à categoria de produto. Alinhado às demandas do setor, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) encaminhou o pedido que foi aceito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e culminou com a publicação da nova tabela. Segundo Tabatha Lacerda, coordenadora técnica da ABP E diretora do Instituto Ovos Brasil, o que se tem buscado nas revisões de atos normativos, principalmente no que se refere ao setor de ovos, é atualizar procedimentos e, neste caso específico, melhorar a relação com os consumidores, que ainda tem muitas dúvidas sobre a variedade de ovos a ser escolhido na gôndola. “Quanto mais objetiva a rotulagem, mais facilmente o consumidor entende e escolhe seu produto de preferência”.

O ovo - nos últimos anos - venceu a injusta alcunha de vilão e se consolidou entre os alimentos mais completos e imprescindíveis disponíveis, estando presente em 97% dos lares brasileiros. “Sua praticidade, versatilidade e acessibilidade o colocou entre os protagonistas no prato, não só do brasileiro como do mundo todo. Dessa forma, o setor segue aquecido e trabalhando por melhorias constantes”, finaliza Veras. 

Ainda está tramitando na área técnica do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) outros pedidos do setor com relação às normativas de ovos que devem ser analisadas e, possivelmente, resultarão em novas orientações ao setor produtivo de ovos em breve.


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