Analisado o grau de competitividade da carne de frango frente à carne bovina de 2ª, constata-se que, embora decrescente nos últimos dois anos, o poder de compra do frango em 2023 continua, na média, maior que o registrado em 2019.

Cinco anos atrás – antes que o mundo se visse envolto em nova pandemia e quando as carnes apenas começavam escalada de preços que culminou (2022) com recordes históricos – o consumidor paulistano pôde adquirir, ao preço de um quilograma de carne bovina de segunda, cerca de 2,832 kg de carne de frango resfriada.

Nos dois anos seguintes, com a mais rápida ascensão de preços da carne bovina, esse índice subiu de forma significativa. Assim, pelos mesmos parâmetros, em 2020 foi possível adquirir 3,384 kg de carne de frango (perto de 20% a mais que em 2019) e em 2021 cerca de 3,476 kg (quase um quarto a mais que dois anos antes).

Mas o recorde mensal absoluto ocorreu em maio de 2021, ocasião em que o dinheiro necessário para adquirir um kg de carne bovina de segunda possibilitou comprar quase 4 kg de carne de frango – 40% a mais que na média de 2019.

Nos últimos dois anos as duas carnes não só vêm perdendo preço, como também o retrocesso maior se concentra na carne bovina. Daí a perda de competividade da carne de frango em relação aos dois anos anteriores.

Em outubro passado, por exemplo, o poder de compra do frango retrocedeu aos mesmos valores registrados em junho de 2019 e em outubro de 2021. Mas na média dos 10 primeiros meses ainda supera ligeiramente os 3 kg, mantendo-se perto de 6,5% acima do registrado em 2019.

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